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domingo, 26 de setembro de 2010

Fé cega.

Era tarde. Ouvia risadas e gritos estridentes.
Pela janela do meu quarto passavam-se os meus dias.
Teu sorriso era visível com o vento e os susurros.

Eu deveria estar correndo. Eu deveria buscar o "elo" entre nos.
Em algum lugar, naquelas esquinas sujas.
Em algum pedaço de papel voando,nossa fé sobreviveria estampada.

Você pode ainda crer em mim?
Se eu te mostrasse meu lado escuro? O que você diria?
Eramos dois cegos correndo na escuridão.
Nesta vila de horrores e de trapaceiros,corriamos de mãos dadas.
Onde você esqueceu quem somos?
Qual foi a trilha que te levou daqui?
Por que você quis ser sincera,quando eu apenas lhe pedia amor?

O vento entra pela janela do meu quarto. está frio aqui.
Lá fora a cidade canta e os passaros choram.
Aqui dentro o mundo anda em rotação inversa.

Tudo que eu queria era você aqui. Escutando nossa canção sem fim.
Tudo que eu queria, era que você me defendesse do frio
.
O céu la fora é azul sim e daí? Eu não o tocaria sem você.
Quando fico triste, gosto de ouvir os mesmo discos e rever as velhas fotos.
No velho estéreo, "The Final Cut" e você ria de mim. A piada das minhas angústias.


Era tarde lá fora...era tarde pra mim aqui nestá galáxia abjeta.
O espelho vingava-se de mim. A torneira pingava melancolia, e a navalha sobre a pia.
Era tarde no meu mundo.Tarde demais para abrir as janelas novamente.

Talvez um dia você entenda...que eu nunca estive aqui.
Mas e você onde esteve todo este tempo?
Saudades do que não conheço...
Antes do corte final eu reflito...realmente, eu nunca estive aqui!


Igor Britto

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