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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Quando...

Quando você se sente deprimido, o peso do mundo habita em seus ombros.
Quando você perde a linha, seus olhos sangram por vontade própria...

Sua boca cala angustias, seu coração grita silêncios.

Quando você está triste, os olhos por mais que tentem, não conseguem esconder.
Quando seu mundo caí você caí também e não adiantaria se apoiar em algo...

Pois nada, eu digo que nada vai nos suportar!!

Quando vi meus dias resumidos e os teus aleatórios ao destino, quando percebi que nada seria igual, eu desfaleci.

Quando se quer um sorriso e pede-se motivos, nada é como deveria ser.
Quando estas tempestades me inundam, meu papel é quase sempre o mesmo.

Eu giro na roda dos meus dias e não posso sair do lugar.

Quando meu peito mata minha vontade, e a dor insiste em me cobrar, é que os momentos apresentam-se os mesmos e tudo é como não se quer.

Eu penso na saída, mas sei bem o que é "morrer de sede em frente ao mar".

Quando estou deprimido, posso ser mais um pouco do mesmo e sobrevivo com isto.
Quando eu perco a linha, eu penso em desistir de lutar.

Minha boca cala as dores e o coração insiste em perguntar:

-Qual o motivo de ainda lutarmos?

Quando você se sente deprimido, o peso dos ombros derruba seu mundo.


Igor Britto

Levanta-me

Não consigo sair daqui...
Quero uma razão para existir, mas tudo que sinto é sufocamento.

Dor...

Não consigo levantar.
Existe uma parede entre eu e o sol...


Existe dor...


Não posso me expressar.
Queria ao menos sorrir, para que algo seja claro para mim.


Dor sem fim...


Não consigo existir em mim...
Suporte minha falha e conceda-me uma mão...


Levanta-me!!


Não consigo não sentir...
Não pertenço a este lugar, e tudo que eu vivo e respiro é tão somente...

Dor...

Alguém por favor me tire daqui...


Antes que eu saia de mim.


Igor Britto


terça-feira, 13 de março de 2012

Escuro

Preciso gritar um pouco.

Libertar o peito desta montanha de desejos proibidos.
Preciso cadenciar as minhas angústias, antes que elas lotem minha casa de infortuno.

Os dedos espancando qualquer coisas em meu violão cantante.
Eu perdia o tom toda vez que pensava em você.

Chego a rir disto!

Agora troco o passo ao cruzar a ponte e me pergunto:
"Sobre o que você estava falando?"

Quando as visões que tínhamos conflitavam com os esboços da perfeição.
Quando tua mão encaixava na minha e tudo que eu lhe ensinei fazia sentido.
Quando a vida era um pouco menos dolorida e um tanto sólida quanto minha.
Quando haviam símbolos, quando haviam regras, quando existiam cores..

Quando eramos você e eu.

Hoje a nuvem cor de abismo desce pairando sobre meus fardos negros.
E o peso de tuas mãos, carregam em mim tudo que é triste e mortal.

Antes de me tornar tão feio e sem brilho.

Quando o sol ainda me saudava.
Quando meus acordes ritmavam aos teus delírios.

Eu via cores em você..

Mesmo a neblina quebrando rumos, não esconde meus olhos tristes.
E nem mesmo o astro mais brilhante tornaria-me aceitável.

"Sou um grito desesperadamente mudo.
Sou um trovão sem luz.
Uma caixa sem surpresas.
Sou uma parte, apenas".

Perdendo o rumo ainda me pergunto..
"Onde fica aquela ponte?"

Um lapso de esperança, em um tumulto de desejos.

Eu pedia por voz.

Mas tudo que eu podia fazer, era bater com meus dedos nas cordas macias.
E por fim, suplicar pelo teu ar.

Verões verão, visões do que ficou postemado aquela praia.
Passos na areia e uma brisa anunciadora, dirão que o amor esteve ali.

Não era tão negro ou pesado.
E todas as coisas que ali viviam, não passavam desapercebidas.
Eram imagens vivas.

Nós conseguimos.
Por um tempo, nós conseguimos.

E tudo que você me ensinou.
Eu sabia que era tudo que você tinha para me dar!
E eu ainda lembro que perdi a sua fala no fim...

Quando a noite estava caindo e a nuvem se trazia por trás das montanhas..
Eu tentei gritar...

Fechei meus olhos,
eu podia sentir a brisa entrar, com todos os meus medos.

Eu podia...
Eu tenho certeza que podia...

Eu queria um ponto final em minhas aflições..

Eu tentei...
Eu tentei saber...

"Sobre o que você estava falando?"


Igor Britto

segunda-feira, 12 de março de 2012

Dito isto...

Sou tão simples e verdadeiro, que ao me esconder do medo, me insulto ao destempero e a fala audaciosa.

Não faço bem o papel de anônimo ou cantante apaixonado.

Prefiro a lingua solta ao verbo e o coração aberto, mesmo que ao entento, eu veja o porquê!

Mas assim como as falas, nem tudo é entendido ao ponto que se explique.

Os amores nem sempre são razões e as razões nem sempre cantam versos.

Apenas acontecem, sem "porquês" ou perdão, aos pobres e incorruptíveis corações.

A dessintonias e descompreensões das palvras, trazem o caos da linguagem.
No entanto fazem sentido aos emotivos sentidos das paixões.

Mesmo que vagas as emoções, nunca serão insignificantes, tendo em vista as passageiras ilusões ou se assim melhor dizer, "alusões", aos transgressivos amores, que nos ensinam a sangrar por sangrar.
Pela simples e terna ou "eterna" afetuosidade do apego incondicional e real.

Por mais que os anjos ditem negatividades, eis que somos jovens ao princípio de entender e ao conhecer.

Somos o que nos torna fortes ou despedaçados.

Isto nos cabe ao sentir ou não.

Uma devasta cor do silêncio e um enorme vazio a nos cercar.

Somos pó e apenas isto?

Sou apenas um rapaz simples de coração.

Apenas mais um mais um rapaz.


Igor Britto

Vazio

As pessoas socializam-se demais...

A todo instante cercadas de espaços, e esvaziadas de si.
O que deveria ser dividido, se retem por egoísmo.
E o que pouco importa, se transborda em caridade.

Convendo para que se faça o bem,
troca-se a esmola por sorriso.
E por tão pouco, vendem-se eternidades.

Em tempos de "tapinhas nas costas"..
O abraço desencontra o abrigo.
A verdade desconhece o amigo.
A saudade não passou de um verso perdido.

A metade esvaiu-se de mim...

E de nós, compartilhados em lembraças..
Restam nem mesmo heranças..
Mas tão breve, um "até mais".

Distruíbido em pedaços.
Tão ausente de espaços..
Longe de tudo que me fez assim.

"eu"

Mais perto de mim...
Tão perto de mim...

Igor Britto.

domingo, 4 de março de 2012

Planos

Não consigo ocultar o que sinto.
Não gosto que me rotulem este ou aquele.

Venho até aqui por possuir um coração e abri-lo ao intento de revidar a desarmonia vivencial.

Não gosto de pseudos tipos ou canções simplórias.
Não gosto de sorrisos demasiados ou canções alegres.

O tempo me ensinou muito.
É.. Ele sabia a hora certa.
Como eu não..

Um projeto ou projétil de algum bem aliviante.

Nossas músicas não tocaram...pouco tocarão.

Você estará distraída jogando conversa fora com estes vazios.
Eu plantando sementes de destruição.

E nem tudo é apenas ouro ou somente dor..
Existe um tanto de misericórdia, eu um hábito teimoso.

Nem mesmo que o amanhã receba um prato fino cheio de solidariedades ou solidões...

Ainda assim, eu continuarei querendo você aqui.

A tua boca em outra boca, e você bem longe de ti...
Vazia em espaços sólidos e impermeáveis..

Eu continuo "godo", e você tornou-se assim... Tão sem aondes.

Você já se perguntou onde esteve hoje?